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Spizz Oil - 6000 Crazy

  • Foto do escritor: André X
    André X
  • 31 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Tinha um maluco chamado Spizz e ele estava com pressa. Explodindo de vontade de participar do tsunami punk de 1977, nem esperou ter uma banda. Se declarou um “estrela minimalista” e participou do primeiro festival punk na cidade de Birmingham, no Barbarellas bar, tocando só com violão distorcido. Na época se chamava Spizz 77. E agradou.



No ano seguinte, deu um passo adiante, formou um duo com o guitarrista Pete Petrol, chamado Spizz Oil. Chamo a atenção para dois pontos. Primeiro, aqui começa a paixão do Spizz de dar um pseudônimo para cada músico de sua banda que tem a ver com combustível. Segundo, ele irá mudar o nome e formação da banda várias vezes, sempre com o termo Spizz no meio, caracterizando que ele é o líder e megamente por trás da magia.



Conseguiram abrir um show da Siouxsie & the Banshees em 1978 que foi considerado um marco. Atacaram a platéia com muita microfonia (será que foi inspiração para o Gang of 4?) e barulhos agudos. Saíram ovacionados do palco. Só os dois, sem bateria, mas fazendo muito esporro. John Peel ouviu e convidou-os a gravar uma session (quando uma banda ia na BBC e gravava 4 músicas que eram tocadas pelo mestre em seu programa). Jeff Travis, o fundador do selo Rough Trade, existente até hoje e um marco da música independente, ouviu e adorou. Resultado? Dois compactos gravados e subindo ao topo dos charts de música independente.


Eu ouvi o lado A do primeiro single numa quinta, e, no sábado, já estava rodando as lojinhas de Sheffield atrás do compacto. 6000 Crazy é sobre seis mil malucos - claro! - que simbolizavam os punks naquele ano (de acordo com uma estatística do Spizz que nunca vamos saber a precisão). Vocais, guitarras, efeitos e até um kazoo (também conhecido como mirlitão, um instrumento de sopro que adiciona um timbre de zumbido à voz do instrumentista, que eu considero a coisa mais irritante do mundo!). 6000 Crazy foi regravado anos depois, com banda completa, quando o Spizz lançou seu primeiro LP com a banda Athletico Spizz 80.




No lado B, duas faixas: 1989 e Fibre. Há quem fuja desses primeiros registros musicais do Spizz. Acham a falta de bateria e o barulho produzido nada musical. Eu acho genial. Colocava 6000 Crazy direto para esvaziar pistas de danças (ou pelo menos para filtrar os que são posers e os que realmente gostam de punk).


Ouça 1989:

Ouça Fibre:



Se gostaram desse, recomendo que procurem o segundo e final obra em 7 polegadas do Spizz Oil, chamado Cold City, outro clássico desconhecido. Gosto muito da estética preto e branco com a qual o Spizz apresentava sua divulgação e capas nesse começo de carreira. Esteticamente combina com a obsessão por combustível.


Quem quiser mais, procurem o session gravado para o programa do John Peel.


 
 
 

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