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The Leyton Buzzards - Hanging Around

  • Foto do escritor: André X
    André X
  • 21 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

Em 1978, o jornal The Sun e a BBC compreenderam que havia algo a mais nesse burburinho chamado punk e new wave. Talvez, eles argumentaram para seus acionistas e diretorias, haja arte no que essa garotada está fazendo e, mesmo que não entendamos porra nenhuma do que está acontecendo, talvez seja hora de a gente ganhar uns trocados, que estão todos indo para essas gravadoras independentes. Então, eles bolaram um concurso, muitíssimo divulgado, de âmbito nacional para encontrar a próxima “grande banda new wave”.


Quem ganhou essa gincana foi o quarteto Leyton Buzzards. Participar e ainda por cima ganhar um concurso desses, realizados pelos dois maiores veículos anti-punks que havia na época não cai muito bem nos que estão batalhando no underground, dia a dia, show a show, vinil a vinil. E por isso foram criticados por muitos durante toda sua breve carreira. Mas os Leyton Buzzards mereciam uma segunda chance. Eles tinham um ótimo humor e uma sonoridade única.



Tome o sete polegadas Hanging Around, que tem uma energia ímpar, sem ser distorção pura. Uma letra de amor, sim, mas com aquela pegada de humor inglês. A música tem um refrão contagiante. Ao todo, acho que se tivessem seguido a trilha dura e longa de ter uma reputação de rua antes de aparecer na mídia, teriam o sucesso merecido. O que me agrada muito nessa música é que ela demonstra o quão o punk original e, mais tarde com mais ênfase, o pós-punk tinham com o disco. Era como se fossem opostos da mesma moeda. Todos queriam se divertir e sair do cotidiano tedioso que oprimia a juventude. Uns se rebelando, uns se acabando, mas todos vindo do underground, do alternativo. Tem uma hora em Hanging Around que ele canta “go disco”e entra um groovezinho legal. Prestem atenção.



No lado B, duas pérolas. A primeira, I Don’t Wanna Go to Art School, uma crítica a todas essas bandas vindos de universidades de arte. Punk vem da rua, uns radicais falavam, não das salas de aula de artistas burgueses. A frase “I don’t wanna be a fashion designer, I just wanna be a coal miner” eu acho fantástica.



A segunda, uma gozação às grandes bandas de rock progressivo, em especial o Pink Floyd, com No Dry Ice or Flying Pigs. Isso é muito punk, mesmo tendo sido descoberto pelo Sun e a BBC.



E minha cópia ainda tem o vinil verde new wave!



 
 
 

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