The Wild Beasts - Minimum Maximum
- André X
- 4 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Acho que seria seguro afirmar que nunca houve uma época na história da humanidade onde tantos jovens compuseram tanto e com qualidade, como no biênio 1978-1979. O punk tornou fazer arte – e principalmente música – acessível para qualquer um. O faça-você-mesmo saiu da teoria e virou uma premissa aceita por toda uma geração entrando na vida adulta.
Em Bristol, cidade inglesa, em 1978, um carinha chamado Andy Leighton abre um selo independente para lançar discos dos artistas locais, chamado Fried Eggs Records. É possível ouvir nas plataformas de streaming um LP dos seus melhores lançamentos, vale a pena se chama Avon Calling. O segundo compacto que puseram na rua foi de uma banda chamada The Wild Beasts. Dessas que compuseram uma música sensacional, tiveram seus 15 minutos de fama localmente e desapareceram, deixando como prova de sua breve existência uma música que não sai da cabeça das pessoas.

É o caso do lado A deste compacto da Fried Eggs, Minimum Maximum. Um pop/rock/new wave muito bem tocado, com um refrão dinamite e guitarrinha muito bem colocada. Uma faixa majestosa, dentro desse estilo.

Uma coisa que reparei dessa época é que as bandas inglesas, quando tinham a chance, enfiavam alguns versos em outro idioma, sem ser o inglês. Grande exemplo disso é o espanhol no Should I Stay or Should I Go, do Clash; o lado B do single Love in a Void, da Siouxsie, que é uma versão em alemão de Metal Postcard; e o francês usado no La Foile, dos Stranglers. No final de Minumum Maximum, os Wild Beasts cantam também num idioma estrangeiro. Não consigo identificar se é italiano ou espanhol, se alguém puder esclarecer, agradeço.
E no lado B, o legalzinho Another Noun.

Comentarios