Ultravox! - Retro Live
- André X
- 21 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Tocando ao vivo desde 1975, tendo como referências o glam rock, David Bowie e krautrock, o Ultravox! Já estava preparado para os primeiros anos do punk, em 1976, quando, graças à força e reputação de seus shows ao vivo, foram contratados pela gravadora Island, cuja especialidade era reggae. O faça-você-mesmo sem barreiras, que movia o pós-punk, caiu como uma luva no tipo de som que eles queriam fazer. Liderados pelo andrógena John Foxx, que declarava que queria viver sem emoções, foram uma das primeiras bandas pop a investir no uso de sintetizadores para moldar seu som, num tom mais experimental, sem soar comercial, nem progressivo.

No biênio de interesse deste blog, Ultravox! ainda era escrito com o ponto de exclamação, em homenagem à banda alemã Neu!, cujo produtor responsável pelo som kraut, Conny Plank, iria produzir, mais tarde, três discos deles. Lançaram dois discos maravilhosos no espaço de um ano. Ultravox!, o primeiro, foi produzido por Brian Eno. Por coincidência, logo em seguida Eno foi à Berlin compor o Low com o David Bowie, que veio com um som muito similar ao do Ultravox!. O segundo, Ha Ha Ha veio com uma pegada mais punk. Adoro essa duplinha de LPs, que têm alta rotatividade aqui em casa.

No entanto, eram criticados por serem artistas experimentais, numa época que os três acordes burros dominavam. Porém, cada vez que tocavam no Marquee, tradicional casa de shows punk, lotavam. Os punks perguntavam para a banda: porque no disco não têm essa energia? Então resolveram lançar esse ep, ao vivo, com duas músicas de cada LP. Até a capa é uma menção à agressividade que tinham nos palcos.
No lado um, temos as músicas representativas do Ha Ha Ha, The Man Who Dies Everyday, tocado de uma forma bem mais agressiva do que na versão de estúdio.
Em seguida, ainda do disco segundo disco, Young Savage, um favorito da galera, que pogoava. A letra é, obviamente, sobre ser punk.
Virando o lado, , direto do primeiro Lp, a pegajosa The Wild, The Beautiful And The Damned, também numa versão mais crua do que no estúdio.
Finalizando, My Sex, que também termina o disco de estreia do Ultravox!. Fala sobre sexo, mas do ponto de vista de um ser que acha tijolos e fotos de imóveis sexy. Letra super esquisita, com um clima decadente total. Adoro que eles conseguiram reproduzir esse clima ao vivo.
Interessante que quando Gary Neuman surgiu com seu Tubway Army, pessoas o comparavam ao David Bowie. Não!, ele respondia, nunca ouvi o cara, minha inspiração sempre foi o Ultravox!
Muito bom mesmo Andre...do primeiro disco adoro Slip Away e a versao ao vivo dela tem uma pegada mais crua, mais punk...sensacional!!